Segunda-feira, Dezembro 23, 2024
Benfica

Antigo vice-presidente do Benfica preocupado com o comportamento de Rui Costa dentro e fora de campo

Antigo vice-presidente da águias olha com cautela e “esperança” para o futuro do clube liderado por Rui Costa. No campo, Bruno Lage é “um risco”. Fora dele, as contas continuam “a ser as mais positivas” entre os rivais.

O Benfica atravessa um momento difícil, dentro e fora de campo. O regresso pouco consensual de Bruno Lage, que pega na equipa em sétimo no campeonato, a cinco pontos do líder com quatro jogo disputados, e contas com resultado negativo de 31,4 milhões de euros motivam preocupação no universo encarnado.

João Braz Frade, gestor e antigo vice-presidente de Luís Filipe Vieira no Benfica, mostra-se preocupado com o estado atual do clube da Luz, mas também esperançoso com o futuro.

“A vida tem riscos e as decisões comportam também riscos”, começa por dizer a Bola Branca.

Sobre a escolha por Bruno Lage para subsituir Roger Schmidt, Braz Frade descreve-a exatamente dessa forma: “um risco”. Admite até que esperava a contratação de um “novo treinador estrangeiro”, mas compreende que o técnico setubalense faça sentido. Espera agora que os restantes sócios e adeptos também sintam o mesmo.

“É evidente que o desafio do Bruno Lage é complicado, seria para qualquer um, porque ele não teve tempo praticamente nenhum para preparar a equipa. Há sempre um risco, mas a vida é feita disto, é feita de riscos. Os sócios do Benfica estão todos a torcer para que as coisas corram bem e têm consciência de que o Bruno Lage entrou em circunstâncias que são muito difíceis”, alerta.

Apesar do risco, há “esperança” de que o treinador “consiga ter sucesso”, até porque “equipa foi reforçada” e a chegada de uma nova voz de comando pode fazer com que “os jogadores tenham um espírito renovado”.

“No sentido de mostrar ao novo treinador aquilo de que são capazes. É isso que o Benfica tem que fazer agora. Ele tem que saber motivar os jogadores. Eu acho que, se os jogadores se empenharem, vai correr tudo bem”, explica.

Fora de campo, o cenário não é mais animador: resultado negativo de 31,4 milhões de euros, descida nos capitais próprios e aumento do passivo.

“É sempre preocupante para mim quando uma empresa dá resultados negativos, é sempre preocupante para qualquer pessoa”, diz o gestor, em entrevista à Renascença.

Ainda assim, Braz Frade sublinha que a situação financeira do Benfica “não é mais preocupante do que foi no passado”, para além de acreditar numa melhoria, através das alterações promovidas por Rui Costa na estrutura da SAD.

“Se comparar com os outros clubes, penso que a situação líquida do Benfica continua a ser mais positiva. Agora, é muito preocupante quando se vê a dimensão dos passivos. Os clubes têm de encontrar soluções, não pode continuar assim. Tem solução? Tem e tenho esperança que, com as pessoas que estão agora no Benfica, consigam começar a recuperação e voltar aos resultados positivos”, conclui.

De recordar que o Benfica alargou a Comissão Executiva a cinco elementos e promoveu a entrada de Eduardo Stock da Cunha, Nuno Catarino e Manuel Lopes da Costa como novos administradores.

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