Segunda-feira, Dezembro 23, 2024
Benfica

Existe uma forte possibilidade de um estranho substituir Luís Mendes

Luís Mendes, vice-presidente e administrador executivo da SAD do Benfica, concretizou a intenção já manifestada internamente no clube e demitiu-se. A decisão foi comunicada quarta-feira, numa nota enviada pelos encarnados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Luís Mendes, braço direito de Rui Costa na liderança do universo das empresas do Benfica, que detinha a pasta das finanças, assumindo a responsabilidade que antes pertencia a Domingos Soares de Oliveira, sai depois de entrar em rota de colisão com elementos da Direção.

Rui Costa tentou demover Luís Mendes, mas este acabou mesmo por assumir a rutura, entendendo que não teve autonomia suficiente, nem foram reunidas condições para colocar em prática o modelo de gestão que defende para o Benfica (de forma a conter os custos) e colidia com práticas instaladas.

Luís Mendes é da opinião de que devem ser afastados alguns elementos da estrutura que transitaram da Direção liderada por Luís Filipe Vieira — casos de Jaime Antunes, Fernando Tavares (os dois vice-presidentes) e de Nuno Costa (chefe do gabinete da presidência) — e não se sentiu suficientemente defendido em algumas posições que assumiu.

Com esta demissão, Rui Costa fica com um problema para resolver e para o qual terá de encontrar solução o mais rapidamente possível, estando o presidente dos encarnados consciente de que a questão não deixa de ser complexa, mas ainda assim de que o projeto que delineou para o Benfica se mantém nos mesmos pressupostos.

Rui Costa mantém projeto a andar
Durante o dia de ontem decorreram várias reuniões para debater este assunto e o presidente do Benfica recebeu a solidariedade de vários diretores.

Vários diretores dos encarnados ao lado do presidente
Em discussão está agora a entrada de um novo elemento para o lugar. Sabe A BOLA que em cima da mesa está a possibilidade forte de a escolha recair numa pessoa externa ao Benfica para tomar conta da pasta das finanças.

Para sábado estão marcadas duas AG do clube, uma para discutir o método de elaboração dos novos estatutos e uma segunda para aprovar o orçamento para 2024/2025, mas a demissão de Luís Mendes e sobretudo a divisão na SAD que esteve por detrás desta renúncia deverá centralizar a preocupação dos sócios.

Quórum garantido
A renúncia de Luís Mendes não coloca em causa o funcionamento da Sociedade Anónima Desportiva.

Estatutariamente, o Conselho de Administração só é obrigado a ter um número entre os três e os 11 elementos e ficam sete pessoas em funções: Rui Costa, Lourenço Pereira Coelho, Manuel Henriques de Brito, Maria do Rosário Correia, Maria Rita Sampaio Nunes, António Pires de Andrade e Jaime Antunes. Rui Costa e Lourenço Pereira Coelho são agora os únicos representantes da Comissão Executiva; ou seja, os únicos administradores com poder executivo.

Rui Costa não é obrigado a reforçar a SAD, mas terá de assumir um de dois caminhos: fazer entrar alguém para ficar com a parte financeira ou repensar a distribuição dos pelouros. Antes de Luís Mendes, também Domingos Soares de Oliveira e Gabriela Rodrigues Martins deixaram a SAD.

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