Issa Kaboré não esteve no banco nem apareceu na foto do almoço de ontem. Já está totalmente integrado? Por que não esteve no banco? E este foi o segundo jogo na Luz em que virou o resultado. A capacidade de reação tornou-se arma do Benfica? “Sobre isso [Kaboré], já foi explicada a ausência não no almoço, mas na foto. Depois são decisões que temos de tomar, entre manter o Tomás Araújo ou trazer o Bah para o banco, alguém que está cá há mais tempo e que nos dá um ritmo tremendo caso fosse adaptado…. Issa tem um potencial tremendo, mas ainda está na fase de adaptação, ninguém está fora do grupo. Sobre a viragem, tenho dito e confesso que na entrada dos jogadores falámos muito de cultura de equipa e que ninguém está acima da equipa, menos a família. É a família que temos de construir ali dentro, as famílias estavam a assistir ao jogo no estádio, outras milhares pela televisão, e nós temos de formar essa família, o que leva tempo porque chegou muita gente, mas quando tivermos isso teremos uma união maior com os adeptos e as coisas vão tornar-se numa onda gigante. As pessoas têm de nos ver como uma família para nos apoiarem cada vez mais como família”.
Rúben Amorim, treinador do Sporting, disse sentir-se abençoado pela tranquilidade que teve na pré-época. Tendo pegado no “comboio em andamento”, como se sente? “Também, muito abençoado, porque a vida e o destino deram-me outra vez a oportunidade de treinar o Benfica. Sinto-me feliz, a minha adaptação ao clube foi muito fácil e isso é o mundo perfeito, nem sempre acontece, e hoje isso é muito importante. Nós termos no início da pré-época… Se virem o calendário, já nem em janeiro temos semanas limpas pelo aumento do número de jogos. Na primeira vez que cá estive, tive um bocado de janeiro e até meio de fevereiro e o mundo ideal é esse, com quatro semanas para trabalhar. Ter o plantel fechado na pré-época e poder trabalhar é tudo, é termos tempo para treinar, passar ideias, ver vídeos e perceber a nossa forma de jogar. Tudo muda e esse é um tempo perfeito, mas são poucas as equipas que têm esse mérito de conseguir ter tudo resolvido na pré-época. Qual é a melhor escola da vida? São as experiências. Treinar no Championship fez-me jogar de três em três dias, fui abençoado por trabalhar com o Carlos Carvalhal e são muitos jogos consecutivos a recuperar e a jogar. Depois a variedade de sistemas, os estádios magníficos… isso deu-me uma experiência tremenda que é a maior da minha vida, proporcionou-me um crescimento enquanto treinador”.