Em fevereiro de 2020, Paulo Bernardo renovou o contrato com o Benfica aos 18 anos. Na altura, o médio tinha grande potencial na equipa principal dos encarnados, o que levou a direção a oferecer-lhe um salário de jogador da equipa A, superior ao de alguns que já integravam a equipa. Essa estratégia, inicialmente considerada acertada, revelou-se problemática.
Atualmente fora dos planos de Roger Schmidt, Paulo Bernardo foi emprestado ao Celtic na última temporada, onde teve um desempenho positivo e ajudou a equipa a sagrar-se campeã nacional. Participou em 33 jogos, marcou quatro golos e despertou o interesse do clube escocês em contratá-lo definitivamente.
No entanto, o salário de Paulo Bernardo tornou-se um obstáculo. O Celtic deseja que o jogador aceite uma redução salarial ou que o Benfica baixe o valor da cláusula de opção de compra, fixada em 7,5 milhões de euros. O treinador Brendan Rodgers quer continuar a contar com o internacional sub-21 português, mas o custo salarial é elevado para um médio que, na maioria das vezes, começou os jogos no banco de suplentes. Na temporada passada, o Benfica já suportava parte do salário.
Este é o impasse atual, com ambas as partes a tentarem encontrar uma solução. Paulo Bernardo, que em 2022 renovou novamente com o Benfica até 2027, também quer continuar na Escócia, onde se sagrou campeão e tem a possibilidade de disputar a Liga dos Campeões. O regresso ao Benfica não está nos planos do jogador.
Há esperança de que Benfica e Celtic cheguem a um acordo, pois a SAD encarnada também pretende vender o médio em definitivo, evitando manter um jogador caro que não é utilizado pelo treinador ou recorrer a empréstimos consecutivos, como aconteceu nas duas últimas temporadas.
