Os planos agora invertem-se na segunda jornada da fase regular da Liga dos Campeões. Se, olhando ao investimento, o Benfica “esmagava” o seu primeiro adversário, o Estrela Vermelha, agora é triturado pelo gigante Atlético de Madrid, que apresenta uma capacidade de reforço do plantel colocado nas mãos por Diego Simeone de outro calibre comparando com a “manta” de milhões que tapa o plantel formado para Roger Schmidt e herdado por Bruno Lage.
Até para publicamente se perceber a diferença, foi o próprio treinador do Benfica quem aflorou a questão durante a conferência de Imprensa. “O Atlético é uma grande equipa, mantém o treinador há 13, 14 anos, fez duas contratações na Premier League, o Gallagher do Chelsea e o Julián Álvarez do Manchester City, e só isso revela o potencial da equipa”, respondeu Bruno Lage quando questionado se concorda que este é o maior teste ao seu trabalho desde que regressou à Luz.
Em relação ao treinador adversário, Simeone está ao leme dos colchoneros desde a temporada 2011/12 e inscreveu no seu currículo a conquista de dois títulos de campeão de La Liga, uma Taça do Rei e uma Supertaça, além de… duas Ligas Europa, enquanto Bruno Lage tem um campeonato e uma Supertaça. Já olhando ao plantel, o somatório dá… 401 milhões de euros investidos (16 deles aplicados no ex-Benfica Oblak), dos quais 185 só no último mercado. Destes, o médio Gallagher custou 42 milhões e o dianteiro Álvarez… 75, ou seja, custaram ambos 117 milhões. Por 34,5 chegou o central Le Normand e por 32 o avançado Sorloth, além de 1,5 pelo empréstimo do guardião Musso.
Do lado encarnado, as contas são expressivas comparadas com outros emblemas, mas curtas quando colocadas no espelho colchonero. Foram gastos 156,5 milhões para formar o plantel atual, dos quais 55,5 milhões aplicados no último mercado em Pavlidis (18), Akturkoglu (12), Rollheiser (9,5), Beste (8), Carreras (6) e Amdouni (2 pelo empréstimo).