Pepê foi um dos protagonistas da partida frente ao Estoril e não apenas pelo golo que assinou. Antes ainda de festejar, o portista teve um gesto de enorme fair-play que mereceu o aplauso geral, das bancadas, do seu banco e de todos os elementos do Estoril. Lançado em velocidade, o ala viu Pedro Amaral cortar a bola, mas a sentir uma picada e ficar de imediato agarrado à coxa direita, caindo no relvado. Com isso, Pepê ficou isolado na área, mas em vez de procurar o golo, que seria o 2-0, optou por parar o lance. “Foi uma dividida, vi que ele sentiu a posterior e gritou. Pensei em parar, imaginei que se fosse comigo também gostava que fizessem isso. Era um companheiro de trabalho a sofrer uma lesão grave, deixa-nos tristes e tinha de parar”, referiu o portista.
Pepê não marcou nesse lance, mas pouco depois pôde mesmo faturar, quase como uma recompensa para um dos mais experientes do plantel. “É a minha quarta época aqui, sei que tenho algum peso, ainda para mais numa equipa jovem. Tenho de me impor em campo e mostrar-lhes a importância de jogar no Dragão. Dou o máximo nos treinos também para que os outros possam acompanhar”, referiu, assumindo que se sente feliz por jogar “seja qual for a posição. “Sou um privilegiado por toda a equipa técnica apostar em mim. Tenho maior confiança a jogar de fora para dentro com o meu pé bom”, admitiu.