As conversas que a Ithaka manteve nas últimas semanas com o CFO do FC Porto, José Pereira da Costa, sobre o contrato de investimento celebrado com a anterior administração da SAD estão ainda longe de chegar a bom porto.
Segundo informações recolhidas, a sociedade com filial em Madrid mostrou alguma abertura para aumentar um pouco mais os 65 milhões de euros oferecidos para ficar com 30% de uma futura empresa do Grupo FC Porto por um período de 25 anos, mas continua aquém da avaliação feita pelo atual elenco diretivo azul e branco.
Dívida financeira é outro obstáculo
O refinanciamento da dívida é o outro assunto que, sabe O JOGO, já está em andamento e é considerado fundamental para o futuro da SAD. No relatório e contas de dezembro de 2023, o último conhecido, é referido um passivo de 512,7 milhões de euros e uma dívida financeira de 223,1 milhões de euros. Valores que deixaram Villas-Boas, ainda candidato à presidência, bastante preocupado e apreensivo. Assumida a liderança na SAD, esses sentimentos agudizaram-se ao tomar conhecimento do estado caótico da tesouraria e das múltiplas dívidas antigas acumuladas, que têm asfixiado a gestão corrente dos portistas.
Os bancos internacionais de investimento JPMorgan, Morgan Stanley e Goldman Sachs mostram interesse e disponibilidade em renegociar a dívida do FC Porto, o que passará não só pelos prazos de pagamento, mas também por encontrar melhores condições quanto às taxas de juro aplicadas em futuras operações financeiras. Tudo isto visa incrementar a prometida estratégia destinada a recuperar e assegurar a estabilidade económica do clube.