Terça-feira, Dezembro 17, 2024
Benfica

“Quero mostrar ao Mundo que ainda sou o Kokçu do Feyenoord e não do Benfi..”

Kokçu desceu à terra. Estrela maior da galáxia do conjunto de Roterdão até 2022/2023, quando, com 22 anos, foi eleito melhor jogador da Eredivise neerlandesa, o internacional turco estava pouco habituado a não ser o craque do balneário.

Disseram muita coisa sobre mim na última época e quero mostrar ao Mundo neste Euro 2024 que ainda sou o Kokçu do Feyenoord. Isto garantindo, porém, que prefiro jogar menos bem e ver a Turquia campeã da Europa do que o contrário, começou por dizer.

– Houve algumas críticas às escolhas para o meio-campo no jogo com a Geórgia, mencionando que as suas características e as de Çalhanoglu são muito semelhantes, pelo que não fazem a diferença quando jogam juntos. Estas críticas criam-lhe algum incómodo?

– Eu entendo que os jornalistas, quando desenham as equipas, me coloquem no meio-campo. Mas isso é só no papel. O selecionador quer-me como segundo avançado. Há sempre críticas, fazem parte. Mas para mim importante é a opinião do treinador e não da imprensa. Há sempre coisas a melhorar e para isso conversamos com os jogadores. O treinador está feliz comigo e mesmo assim eun faço a minha autoanálise. Mas agora só penso em Portugal.

– O futebol na Turquia distingue-se de algum modo do que acontece noutros países europeus? Tem caractertísticas próprias?

– Eu diria que sim, que é diferente. Desde logo pelas fortes emoções que as pessoas trazem ao jogo, os adeptos, o povo turco. Há um julgamento grande na imprensa. Quando começamos nas camadas jovens de clubes turcos e chegas ao topo, à seleção, há um apoio grande, funciona como comunidade. Para jogadores como eu, que cresceram fora (no meu caso os Países Baixos) é mais fácil criticar. Resta-nos dar sempre o nosso melhor. Eu nunca pensei jogar pela seleção neerlandesa, mesmo que me amassem mais do que aqui. Mas eu sempre sonhei jogar pela Turquia. Eu e o meu irmão sonhávamos jogar a final do Euro com a camisola da Turquia quando éramos pequenos. Quero dar uma alegria aos emigrantes turcos porque foi sempre como me senti nos Países Baixos.

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