Inclusão do Deniz Gul na segunda parte: “Com mais um avançado na área, às vezes é preciso colocar mais jogo, entrar mais para fora, meter mais cruzamentos na área. Sabemos que os espaços vão aparecer. O adversário também não alterou a linha de quatro para a linha de cinco, só alteram mais à frente em desvantagem no marcador. Penso que no 3-0, se não me engano. E perante uma linha de quatro, com dois avançados, os espaços apareceram na área, não apareceram para fora, não dava para ir fora, apareciam dentro. Podíamos também atacar sem mais profundidade, era importante também sair mais entre o longo dos últimos 20 metros. Fizeram bem, e volto a dizer, o compromisso com a equipa, mesmo quem está mais adiantado no campo, foi total. Evitámos transições, o adversário não jogou na nossa baliza, mas às vezes pensamos que é fácil jogar contra qualquer adversário, temos que ligar sempre. No futebol não é assim, não há gente incapaz, não há gente mal preparada, toda a gente trabalha bem, muita gente capaz de outro lado, muito talento individual, muita redução coletiva, a equipa muito bem trabalhada, volto a dizer, acho que foi uma vitória justa, que me deixa muito satisfeito, porque aquilo foi o trabalho dos jogadores ao longo dos últimos dias, a forma como melhoram para o jogo na Noruega, e como responderam hoje em campo”.
Saída do Vasco Sousa ao intervalo teve a ver com essa necessidade de acertar os tempos de pressão? “Às vezes nós, treinadores, pecamos por ser excessivos na informação que passamos, e como detalhamos ao máximo um determinado tipo de abordagem mais estratégica. Sentimos que na Noruega atrasámos, em alguns momentos, o timing para pressão, como disse bem, e tentámos hoje que isso não acontecesse, e que fosse pela certa, mas quando fosse por ser contundente. Ainda assim, atrasámos-mos um ou outro momento, ficámos reféns, se calhar, daquilo que eu lhes passei enquanto mensagem. Quisemos segurar em demasia, um ou outro momento fomos acutilantes, é verdade, e provocámos erro, mas podíamos e devíamos ter sido mais. O que aconteceu na segunda parte, os golos até nascem a partir de um momento de pressão muito alto do Nico, mas foi um bocadinho por aí também que a talhada nos jogou em intervalo. Avançámos alguns gatilhos também de pressão, o Gul também ajuda porque é muito agressivo na frente. Para um adversário contra 10, colocámos mais presença na área, é mais peso, e tentar ferir um adversário que não estando cómodo, porque criámos algum frio, são alguns momentos perto da beleza. Na primeira parte da segunda era importante também atacar de outra maneira”.